Projeto Quilombo, da MRN, leva atendimento médico às comunidades quilombolas do Pará

Com a participação ativa de médicos do Hospital de Porto Trombetas (HPTR), a iniciativa não só promove a saúde preventiva, como também estabelece uma conexão com essas comunidades

Por Conexão Mineral 05/04/2024 - 18:36 hs
Foto: MRN
Projeto Quilombo, da MRN, leva atendimento médico às comunidades quilombolas do Pará
A MRN trabalha na reestruturação do Projeto Quilombo desde 2022

Moradores quilombolas de comunidades localizadas na região Oeste do Pará receberam uma importante iniciativa de saúde. Trata-se do Projeto Quilombo, desenvolvido pela Mineração Rio do Norte (MRN), que realiza, periodicamente, atividades de saúde em comunidades em sua região de atuação. Nas últimas semanas de março, a equipe médica do projeto esteve no território quilombola Alto Trombetas 1, prestando atendimento às comunidades polo do Abuí, Tapagem e Sagrado Coração de Jesus, as primeiras a receberem os serviços itinerantes, desta campanha.

Com a participação ativa de médicos do Hospital de Porto Trombetas (HPTR), a iniciativa não só promove a saúde preventiva, como também estabelece uma conexão com essas comunidades fortalecendo a relação com a MRN. A equipe do Projeto Quilombo conta com clínico geral e especialistas, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Entre os serviços oferecidos estão consultas médicas, exames laboratoriais, palestras educativas sobre saúde e distribuição de medicamentos.

Em meio aos recursos limitados e à distância dos centros urbanos, a moradora Rosineide Silvério comemorou o fato de não precisar ir até a cidade em busca de atendimento. “Antes a gente tinha que ir para Oriximiná e agora está muito bom. O projeto deixa muitos benefícios para a gente, como a entrega de remédios”, disse.

A diminuição das distâncias para o atendimento médico também foi destacada pelo morador da comunidade Sagrado Coração de Jesus, Lucivano Silvério dos Santos, que expressou o alívio em ter acesso aos cuidados de saúde adequados. “Todos foram atenciosos com a gente", afirmou.

Adelino Figueiredo, morador e coordenador da Comunidade Abuí, enfatizou a relevância do atendimento. “Eu creio que o Projeto Quilombo ajuda na demanda da comunidade e isso, para nós, é uma prioridade. Há tempos eu vinha pensando em fazer um exame e nunca dava certo. A equipe do projeto veio preparada e eu passei por todos que tinham”, comentou.

A MRN trabalha na reestruturação do Projeto Quilombo desde o ano de 2022. Genilda Cunha, coordenadora do Programa de Educação Socioambiental da MRN, destacou a busca por uma equipe multidisciplinar sensível às demandas das comunidades nesta nova fase do projeto. “Temos a preocupação em levar serviços que atendam às necessidades dos moradores. Como parte do processo de melhoria dos serviços do projeto está a realização de exames dentro das comunidades, inclusão de serviços sociais, inclusão de um médico especialista e o aperfeiçoamento das palestras educativas, aprimorando o nosso processo de atendimento e melhorando constantemente nossos serviços de saúde”, relatou.

A ação também se destaca pela abordagem inclusiva e abrangente, é o que afirma Larissa Gonçalves, coordenadora do projeto. “Estamos em uma época de chuvas, mas isso não nos impediu de levar esse atendimento especializado às comunidades. Pelo fato de a maioria não conseguir acesso ao hospital, trazemos todo o material necessário para realizar o atendimento de forma adequada e da melhor maneira possível", explicou.

Em um cenário onde a saúde, muitas vezes, é um luxo, Alessandro Montuori, da diretoria do Hospital de Porto Trombetas, ressaltou a parceria com a MRN para o desenvolvimento dos trabalhos do Projeto Quilombo. “Essa é uma iniciativa de saúde preventiva. É como se deve fazer saúde, não deixando as pessoas adoecerem. Essa parceria é lógica porque temos uma equipe de saúde completa no HPTR e vamos usar essa estrutura para oferecer um serviço em diversas especialidades. Abrimos uma gama maior de opções de atendimento de saúde e uma estrutura para levar até as comunidades”, disse.